sábado, 20 de outubro de 2007

Madeiras utilizadas na construção de violões.


Abeto Rosso

Nome botânico: Picea excelsa

Origem: Alpes Italianos Nord. Oriental

Acero Europeo

Nome botânico: Acer campestre

Origem: Europa

Acero Occhiolinato

Nome botânico: Acer saccharum

Origem: Candá, EUA.

Roxinho

( Amaranto )

Nome botânico: Peltogyne densiflora

Origem: Brasil

Radica

Nome botânico: Pterocarpus indicus

Origem: Indonésia

Pau Rosa

Nome botânico: Dalbergia Frutescens

Origem: Bahia ( Brasil )

Cedro Rosa

( Cedrella )

Nome botânico: Cedrela odorata

Origem: América centro-meridional

Mata atlântica Brasileira

Cedro Rosso

Nome botânico: Thuya occidentalis

Origem: Canadá, EUA

Coco Bolo

Nome botânico: Dalbergia retusa

Origem: Nicarágua e México

Ébano Africano

Nome botânico: Diospyros perrier, Diospyros mespiliformis

Origem: Madagasca, áfrica Equatorial.

Pau-Cobra

( Pau serpente ou Amoretto ou Snakewood )

Nome botânico: Piratinera guaianensis

Origem: Guianas

Lignum Vitae

( Madeira Santa )

Nome botânico: Guaiacum officinale

Origem: América Central

Mogano Kaya

Nome botânico: Khaya anthotheca

Origem: Costa d’Avario

Palissandro Indiano

( Jacarandá da Índia – Indian Rosewood )

Nome botânico: Dalbergia latifolia

Origem: Índia

Palissandro Madagascar

( Jacarandá de Madagascar )

Nome botânico: Dalbergia baroni

Origem: Madagascar

Palissandro Serra Morado

Nome botânico: Macaerium villosum

Origem: Bolívia e Brasil

Thuya ou Radica

Nome botânico: Tetraclinis articulata

Origem: Marrocos

Pau-Violeta

Nome botânico: Dalbergia cearensis Duke

Origem: Nordeste do Brasil

Imbuia

( Brazilian Walnut )

Nome botânico: Ocotea porosa

Origem: Brasil

Pau-ferro

Nome botânico: machaerium scleroxylon

Origem: Brasil

Jacarandá da Bahia

( Brazilian Rosewood )

Nome botânico: Dalbergia nigra

Origem: Brasil

Madeiras para tampos de violões


Por Christovão Abrahão

Engenheiro Florestal MS

UFV - Viçosa,MG

Pinho-alemão (Picea abies).

Outros nomes vulgares: abeto, pinho-sueco ou, simplesmente, pinho. Pinheiro procedente do norte da Europa; é a madeira mais tradicional na construção de instrumentos musicais em todo o mundo; possui coloração pardo-escura com algumas variações. Tem sido empregado por séculos nos tampos de violinos, violoncelos, etc e tábuas de ressonância de pianos, cravos etc. Abies alba é outra espécie européia de propriedades e usos similares e que também recebe o nome vulgar de abeto.

O nome vulgar pinho é também atribuído à espécie brasileira Araucaria angustifolia (pinheiro-do-Paraná ou pinheiro-brasileiro), o que gera algumas confusões. O pinheiro-do-Paraná fornece a melhor madeira brasileira para a produção de tampos, porém não supera a qualidade do pinho-alemão.

Outra confusão bastante comum dá-se com as espécies de pinheiros do gênero Pinus, representado comercialmente no Brasil principalmente pelas espécies Pinus elliottii, Pinus oocarpa e Pinus caribaea que são utilizadas na indústria de móveis e chapas de madeira (compensados, aglomerados e chapas de fibra), não se prestando de forma alguma para a construção de tampos.

Cedro-do-Canadá (Thuya plicata).

Outros nomes vulgares: western redcedar, cedro-vermelho-do-oeste, cedro-do-Óregon ou, simplesmente, cedro. Pinheiro procedente do noroeste da América do Norte; é uma madeira também muito utilizada na produção de tampos de violão. Apresenta coloração marrom-avermelhada ou rósea-escura; possui densidade e rigidez mais baixas que o pinho-alemão, porém é madeira de altíssima qualidade para tampos devendo-se apenas adequar-se a estrutura do instrumento às propriedades dessa madeira.

Uma confusão bastante comum é tomar-se o cedro-do-Canadá pelo cedro-rosa (Cedrella fissilis) que não é um pinheiro mas uma folhosa da Mata Atlântica brasileira. O cedro-rosa produz madeira róseo-avermelhada com densidade média e alta estabilidade dimensional que, juntamente com o mogno (Swietenia macrophylla) são as melhores madeiras brasileiras para a confecção de braços de violões e têm sido empregadas com êxito em todo o mundo para esta finalidade. Existe ainda uma espécie amazônica semelhante ao cedro-rosa em suas propriedades que é chamada cedro-da-Amazônia ou cedro-do-Pará (Cedrella odorata).

Outras confusões ocorrem com outra espécie de pinheiro que é conhecida vulgarmente como cedro-do-Líbano (Cedrus libanni) que ocorre desde o Oriente Médio até a Península Ibérica.

Spruce (Picea rubens, Picea glauca e Picea mariana)

Outros nomes vulgares: eastern spruce, red spruce (P. rubens), white spruce (P. glauca) e black spruce (P. mariana). Pinheiros que ocorrem na região nordeste dos EUA e sudoeste do Canadá; possuem madeiras de cor palha e de propriedades praticamente idênticas a ponto de não serem distinguidas comercialmente. As três espécies apresentam excelentes propriedades acústicas.

Sitka spruce (Picea sitchensis)

Outros nomes vulgares: sitka, abeto sitka. Pinheiro que ocorre em toda a costa oeste da América do Norte. Apresenta coloração rósea muito clara, densidade e rigidez um tanto mais elevadas que o cedro-do-Canadá, porém de excelentes propriedades acústicas.

Elgelmann (Picea engelmannii)

Outros nomes vulgares: Elgelmann spruce, white spruce e mountain spruce. Pinheiro que ocorre nas partes mais levadas das Montanhas Rochosas nos EUA. Madeira de cor palha muito clara de propriedades semelhantes aos spruces.